Vinho das Casas do Pesinho expressa o Douro clássico

Enólogo Pedro Sequeira e arquiteto Luís Machado, produtores do vinho Casas do Pesinho ideia. (Fotografia de Maria João Gala/GI)
Casas do Pesinho Ideia é um tinto do Cima Corgo, no coração do Douro. Projeto de um arquiteto e um enólogo apaixonados pela região.

É com uvas de pequenos agricultores do Cima Corgo, Douro, que se produz o rótulo Casas do Pesinho Ideia, marca que saiu para o mercado em finais de 2019. Este projeto idealizado pelo arquiteto Luís Machado nasceu da paixão pela região. As três edições do vinho, incluindo a mais recente, colheita de 2019, foram apresentadas aos jornalistas no restaurante Culto ao Bacalhau, no Porto, onde estes tintos harmonizaram com as sugestões do chef Rui Martins.

“Os arquitetos têm a mania de se meter em tudo”, brinca Luís Machado em conversa com a Evasões. “Cheguei a uma fase da minha vida em que me estou a permitir fazer coisas pela emoção”, refere. Antes desta aventura duriense, o arquiteto tinha contacto com o vinho apenas como consumidor, apesar de os seus avós serem lavradores no Alto Minho. Luís, também minhoto, nascido em Viana do Castelo, conta que descobriu o Douro com amigos. De Braga, onde vive, o Douro não está tão longe assim. “Estou a uma hora do coração do Douro e fui fazendo amigos perto de Covas”, conta. Um desses amigos foi Pedro Sequeira, que acabou por ser o enólogo do projeto.

Mas antes ainda de existir o vinho, o arquiteto adquiriu algumas casas de xisto com um olival, que será em breve alojamento turístico. “O Pedro disse-me logo que o turismo no Douro não existe sem vinho”, lembra. Uma coisa levou à outra, “e num daqueles jantares de amigos no meio da vinha, começou a desenvolver essa ideia, também com a ajuda do viticultor Luís Lopes. O arquiteto pensou, desde logo, num vinho de qualidade superior, um tinto característico do Cima Corgo. E é isso que o Casas do Pesinho Ideia é. Fica quatro anos a estagiar e só depois sai para o mercado. Mas só sai se cumprir os objetivos de excelência a que se propõe. Por exemplo, o de 2017 não foi engarrafado.

As castas utilizadas são as clássicas da região: Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional; todas oriundas de pequenos produtores, sendo que algumas vêm de vinhas velhas.

Para já, o portfólio da casa será apenas feito de tinto. “A zona onde estamos radicados é claramente para vinhos tintos, não para brancos. O Pesinho fica entre o Pinhão e Covas do Douro na margem direita do rio, bastante cálida. Quer pela exposição, quer pela altitude, 400 metros, não é opção para brancos”, resume o enólogo.

Casas do Pesinho Ideia Tinto
Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
PVP: 30 euros




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend