Ryoshi e Midori reforçam cozinha japonesa na Grande Lisboa

Um dos momentos dos menus do Midori, no hotel Penha Longa, em Sintra. (Fotografia: DR)
A oferta de comida japonesa na Grande Lisboa ficou mais democrática com a abertura do novo e descontraído Ryoshi, do chef Lucas Azevedo. Já no Penha Longa, em Sintra, Pedro Almeida renova a experiência Michelin.

Ryoshi, Lisboa
Comida de pescador

O volume e ritmo da música ajudam a imprimir um ambiente descontraído no novo Ryoshi, na Rua da Boavista, adornado com madeiras e artefactos de pesca à laia de cabana de pescador (“ryoshi” em japonês). Da barra de sushi do Praia no Parque o chef Lucas Azevedo (ex-Bonsai) trouxe o alto nível de execução e a qualidade dos ingredientes, deixando de lado o formalismo dos menus de degustação. A aposta é, por isso, numa cozinha japonesa livre e bem humorada.

A partir desta narrativa, o chef faz petiscos japoneses do dia-a-dia, como o couvert que nada é mais do que cabeça de camarão, lula e maionese de kimchi prensados e estaladiços, um snack das ruas de Tóquio. Também o tártaro de carapau com tofu e molho de saké, miso e gengibre é uma amostra da comida rápida servida nas docas. A lista, de resto, vai do sashimi-shiromi de peixe branco com picles e óleo de shiso à sanduíche de língua de vaca estufada “Lucas-san”.

No entanto, há uma clara preponderância para a utilização de legumes, frutas e vegetais, o que permite ao chef mostrar pratos mais criativos e económicos. São exemplo a beringela frita com molho de miso, saké e mirim e arroz tufado; a salada de espinafres com molho de sésamo; e o coração de alface grelhado com molho “pirikara”. Igualmente provocantes são as sobremesas, como a de pudim e bolas de mochi glutinoso. Além do balcão, há mesas e áreas para grupos.

O chef Lucas Azevedo. (Fotografia: DR)


Midori
Japonês com alma portuguesa

O mural pintado à mão com uma carpa koi, uma caravela portuguesa e uma gueixa representa bem o encontro de culturas vertido no Midori, em plena Serra de Sintra, um dos mais antigos restaurantes japoneses no país (aberto em 1992 e renovado há oito anos) e o primeiro a entrar no Guia Michelin. O chef Pedro Almeida fez dele um laboratório, testando mais de 200 pratos, e apresenta agora dois menus de cozinha de autor renovados, mantendo a alma portuguesa.

Tanto o Kiri como o Yama (de oito e nove passos) recriam o tradicional menu kaiseki e ganham vida na cozinha aberta, sendo levados a cada um dos 18 lugares da sala com uma coreografia milimétrica, precedida pelas escolhas da sommelier Eveline Borges. A primazia dada ao peixe e marisco atlântico traduz-se em peças de nigiri de peixe-galo, lula e diferentes partes de atum; e até numa das sobremesas feita com caranguejo, texturas de iogurte e mousse de bergamota.

Sem esquecer as origens e até memórias pessoais, o chef apresenta língua de vaca estufada com beringela fumada e tomate, cujo modo de confeção aprimorou com a ajuda da mãe. Tiago Santos é o chef que assegura a preparação e execução dos menus sempre que Pedro Almeida não está, dado que se divide entre Sintra e um hotel Ritz Carlton em Portland, nos EUA. Jantar dá direito ainda a petit-fours enquanto se aprecia a paisagem bucólica e noturna da serra.

O chef Pedro Almeida. (Fotografia: DR)

 

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Morada
Rua da Boavista, 108 (Santos), Lisboa
Telefone
963 488 779
Horário
Das 18h30 às 01h30. Encerra domingo e segunda.

Website

GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245
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Mapa da ficha ténica Mapa da ficha ténica
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Morada
Penha Longa Resort, Estrada da Lagoa Azul (Sintra)
Telefone
219249094
Custo
(€€€) Kiri Menu, 154 euros; Yama Menu, 186 euros. Harmonizações vínicas opcionais.
Horário
De terça a sábado, das 19h30 às 22h30.


GPS
Latitude : 38.7615463
Longitude : -9.397017399999982
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